Poesias submersas
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Textos
Silêncio
Na altivez do silêncio,
o ruído do corpo,
corpo desfalecido,
em chamas.

A (eu)foria, necessária iniciação,
Busca de eufóricos eu's.
Os pés se arrastavam,
cansaço daquilo, enfim.

Cansou-se da noite ruidosa,
sempre preferiu a curva silenciosa,
versos iniciáticos, descompassado,
Escapou-lhe aos dedos, passado.

Da fria (eu) foria,
O azul pálido do silêncio,
não que fosse triste,
Tratava-se do gesto- silenci(ar).

Pareceu afogada,
buscou ar,
precisou respirar daqueles versos tristes,
sair do vazio, restos de (eu) foria.

Ocupou o espaço do silêncio,
a quietude desembaçou seus olhos,
aquela inquietude ruidosa, barulho,
tornou-se pedra, chão de pedrinhas.

Lembranças esparsas,
do suspiro-silêncio, algo nasceu,
algo morreu,
sentiu uma tristeza profunda.

Ainda assim, preferiu a tristeza honesta,
ao ruído entulhado de restos,
às palavras jogadas ao tempo,
o silêncio deu lugar a outros versos,
tristes, mas serenos.












Ana Gomyde
Enviado por Ana Gomyde em 29/01/2024
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