Poesias submersas
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Textos

Cansada de tudo

Forjada

À revelia 

De mim

Diminuta estrada

Reta 

Vida de meta?

Receio da retidão 

porém, há o desejo

para tanto

Pranto

necessito de um ensejo

Ensaio sórdido de algo plano

desumano

Isenta de dolorosa emoção

Dolorosa, não tristonha

-Chega de picuinhas

Viva a vida-

Dizem os além mundo

​​Vi(ver) a vida

é ver coisa onde não tem

ou tem

é cotidiano com mesa posta

missa no domingo

abraçar a mãe

mandar mensagem de bom dia

sentir saudade de um triste amor

não correspondido

mera vida pequena

Ou seria uma grande vida?

-das subjetividades da lida-

Diário complexo 

Ver-se grande 

pronto e acabado

é como ser o próprio Deus

espiando do céu nossa pequeneza

réles humanos

Presos a uma bastarda vida

 bastarda?

Aos semideuses, talvez

Como versou Fernando Pessoa 

"Estou farto de semideuses"

eu, com minha pequeneza exposta

banal superficialidade 

errante 

Imatura

e chorosa

Compactuo e abraço o verso 

e finalizo esse esboço 

-poema-

Repleto de ~ curvaturas~

Escrito às pressas

Errante 

DeSviaNtE

como a pessoa da escrita

eu, leitora de Pessoa,

daí o assombro

À retidão 

-Contraditória-

invejo e margeio as linhas retas

Sabendo que, imperfeita,

jamais alcançarei tamanha 

grandeza

 

Ana Gomyde
Enviado por Ana Gomyde em 20/03/2024
Alterado em 20/03/2024
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