A moça gosta da intimidade
aquela do (re) encontro
que faz do amor encontro
calmos dias
.
A intimidade
Timidamente
se achegou a ela
E se fez presença
E de tão intensa
desavergonhada
Desaforada
Intimamente
Serviu-lhe um café
Então, logo reconheceu
Que a intimidade
Prepara café
Faz amizade
Sabe a quantidade de adoçante
Exatidão de gotas
Anda de mãos dadas
De instante em instante
Entrelaçadas pernas
A moça, toda inquieta
A intimidade aquieta
Afaga no peito
Faz dengo, a moça põe-se
a apenas Estar
existir
Desinquieta
.
Até que um dia, a moça
desgostosa de tanta intimidade
Alçou voos, outros
E foi-se
.
Mas um dia
De súbito
Chamou a intimidade
Pra tomar café
Prosearam até anoitecer
Haja café
Pra tanto amanhecer
juntos
E lembrou-se
...
É com a intimidade
Que resiste o lânguido amor
No tranquilo abraço
De quem descansa da dor
Do inquieto cotidiano
E faz pausa para o café
assim meio a soslaio
No meio do dia
À revelia da pressa
É querer ficar
junto
E a moça resolveu tentar
Com a calma
do amor tranquilo
A intimidade, enfim