Poesias submersas
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Textos

Quanta dor!

não é rancor

É dor.

Aquele deleite

Hoje, mero enfeite

na parede descascada

Como se ontem fosse

Tantas conversas

todas jogadas ao léu

Nas travessas da sua rua

Um bonito pecado

Agora, resta um corpo negado

Rasgado

Às madrugadas, a travessura

Adultos brincantes

No presente, só lonjuras

Suas juras, mesmo escassas

Entre taças

Surgiam devassas

Imensidão

fruto intenso

Fulgás

É quase agosto, resta o silêncio

mórbida quietude

Finita

Nos corpos, a finitude

na vastidão do tempo

Não há tempo que sufoque

que suporte

 O porte da lentidão que há

há um invento: um amor à beira do tempo

Ana Gomyde
Enviado por Ana Gomyde em 31/07/2024
Alterado em 31/07/2024
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