Poesias submersas
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Textos

Decantar até suspender o tempo

Cantar o silêncio em prosa

Na roda, o louvor às giras

.

En (cantar) com o corpo

território

Com as mãos, cozinhar o broto

Dançar até capturar a terra

Pés-solo

.

Entoar melodias junto às gentes 

Nas periferias que subvertem a vida

Decantar até nascer o sol 

E fervilhar a desordem, o samba e o caos

.

Reverenciar a capoeira nas encruzas do tempo

Como disse a avó da menina

quando tu chegou, tu já me achou

antes de nós, o divino ancestral

Intui o que chama, e faz o que clama

Lá bem fundo do peito

O que arde e decanta

 

 

Ana Gomyde
Enviado por Ana Gomyde em 26/09/2024
Alterado em 26/09/2024
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